Não há planos para renomear o Rock And Roll Hall Of Fame, diz executivo

Nos últimos anos, a inclusão de artistas como Eminem e Dolly Parton no Rock and Roll Hall Of Fame reacendeu debates sobre a relevância do “rock” no nome da instituição. Apesar da crescente diversidade musical entre os homenageados, o presidente do Rock Hall, John Sykes, declarou em entrevista à Vulture que não há planos para renomear a organização. Ele defende que o termo “rock and roll” representa um gênero inclusivo por natureza.
“Algumas pessoas não entendem o verdadeiro significado do rock and roll”, disse Sykes. “Desde os anos 50, o estilo sempre foi um ‘gumbo’, como Missy Elliott chama, abrangendo diversos sons e influências. Não precisamos mudar para ‘Hall da Fama da Música’ porque o rock and roll já cobre todo esse território.”
O executivo relembrou uma conversa com Jay-Z em 2021, onde o rapper questionou o nome do Rock Hall. Sykes relembrou: “Eu estava muito animado, mas ele me disse: ‘O rock está morto. Deveria ser chamado de Hall da Fama do Hip-Hop’. Eu respondi: ‘Bem, hip-hop é rock and roll’. Ele refutou: ‘Não, não é'”. Após uma explicação sobre as raízes do gênero com artistas como Little Richard e Chuck Berry, Jay-Z acabou aceitando participar da cerimônia.
Tom Morello, guitarrista do Rage Against The Machine e membro do comitê de indicações, compartilha da visão de Sykes, mas aponta que ainda há desafios. Ele trabalha ativamente para incluir bandas icônicas do metal no Rock Hall, como o Iron Maiden. Morello acredita que, embora a instituição abrace diferentes gêneros, o rock tradicional não pode ser esquecido.